...na vida todos queremos companheiros dignos à nossa altura, com quem partilhamos o sono, alguém que nos ampare, que nos entenda até quando não nos entendemos a nós mesmos, fará sentido depositar esse voto de confiança em alguém vulgar ?
Fará sentido moldar a nossa vida nesses termos ?
Acredito em ti quando dizes que Amor é renunciar logo à partida, a qualquer legitimidade e capacidade decisória em contrário.
Sei-o bem.
E também sei que embora o Amor traga consigo uma dose de dor e sacrifício, ele traz um conjunto de indicadores que fazem tudo isso valer a pena no fim.
(...)
Quem ama cuida. Quem ama ensina, quem ama partilha, quem ama sente medo e não indiferença ou frieza.
Quem ama procura aproximar-se, não despreza.
A mim não me amam nem me deixam amar.
Não me permitem qualquer conjugação desse verbo, porquê?
Antes soubesse, tornaria tudo mais fácil.
Estou numa cela emocional da qual daria tudo para sair, desprender-me desse Amor, bater-lhe com a porta na cara e nunca mais voltar.
Não consigo mudar embora já o tenha decidido, mas também não consigo voltar a ser quem era antes.
Sou tudo e nada ao mesmo tempo. Um grito no vácuo !
(...)
from " o último capítulo da Epifania sobre ... " - 07.08.10
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