Debato-me sobre mim mesma.
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Não encontro no meu interior qualquer canto obscuro para poder arrumar "isto".
"Isto" que me rebentou pelas costuras, que me tumultua a razão e o instinto.
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Não estou segura...Não consigo estar...
Penso que não vou resistir, cedem em mim as vigas alicerces do meu orgulho e contensão.
Quero aprisionar-te nos meus braços, embeber-te no meu cheiro, sufocar-te na minha existência.
Incendiar-te na minha loucura privada.
Saber que me pertences, que os teus lábios não mais abandonarão os meus.
Poder finalmente domar o meu remoinho emocional ao toque do teu ser no meu.
Desarma-me com o teu amor...
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Debato-me sobre mim mesma.
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Destruindo-me na derradeira tentativa de suportar a dor da descoberta da minha doença terminal.
És o meu câncer.
A minha ferida em carne viva.
O meu desejo de viver e morrer.
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Ao teu redor, reduzo-me à ridicularidade de um alcoólico, sedento pelo seu vício predilecto..
Uma triste figura..
Uma triste figura..
... à espera da minha cura
(01.05.2009 by Jess) porque recordar é viver!
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